André Luiz tentava prender assaltantes e traficantes
Edinaldo Sousa - O delegado André Luiz Nunes Albuquerque, 38 anos, diretor da Seccional Urbana de Parauapebas foi morto na noite deste domingo (3), por volta de 21h após ser baleado durante refrega com traficantes e assaltantes que estavam numa casa localizada na VS-10, bairro Caetanópolis.
Nesta casa havia pelo menos quatro bandidos. O delegado recebeu um telefonema dando conta que os bandidos eram foragidos do Centro de Recuperação Agrícola Mariano Antunes (Crama) em Marabá.
Combativo e atuante, o delegado convocou dois investigadores e foram checar a denúncia. Ao chegarem na casa os policiais fizeram o cerco, porém os bandidos perceberam a presença da Polícia e um deles efetuou alguns disparos em direção aos policiais.
Pelo menos dois tiros atingiram ao delegado André Luiz, o único que estava sem colete à prova de balas. Um dos projéteis atingiu o punho do braço direito delegado, resvalou no queixo e se alojou no tórax, causando hemorragia interna.
Os dois investigadores ainda chegaram a socorrer o colega baleado, mas mesmo sendo atendido no Hospital de Parauapebas, André Luiz não resistiu e faleceu.
O corpo foi necropsiado em Parauapebas e foi velado durante toda a madrugada e tarde de ontem. Por volta das 15h, amigos e policiais efetuaram o traslado do corpo para Fortaleza de onde era natural para ser sepultado.
Bandidos estavam sendo monitorados
De acordo com informações colhidas a fontes da Polícia Civil, o grupo de bandidos já estava sendo monitorado há alguns dias pela equipe do delegado André Luiz Nunes Albuquerque, morto a tiros na noite de domingo (3) em Parauapebas.
Na noite de domingo o delegado teria confirmado com os investigadores a pré-disposição de dar uma “batida” na casa para tentar prender os bandidos, já que a cidade está eufórica por conta das eleições seria o momento ideal.
A idéia seria prender os acusados quando estivessem todos entretidos com o noticiário, porém os ladrões estavam espertos e revidaram ao fogo dos policiais.
Um dos acusados de ter atirado no delegado André Luiz é o acusado de ser traficante Joel Bispo de Souza, foragido do Crama. Outro suspeito é Ronaldo, ou Rodrigo Rodrigues Lopes. Os outros dois suspeitos ainda não foram identificados. (E.S.)
NIP atua na caçada aos bandidos
O Núcleo de Inteligência da Polícia (NIP) entrou no caso para tentar prender os bandidos que estavam na casa e o autor dos disparos que mataram o delegado André Luiz Nunes Albuquerque, morto a tiros na noite de domingo (3) em Parauapebas.
Um dos investigadores, que pediu para não ser identificado, atuou com o delegado André Luiz em diversos crimes envolvendo pistolagem no sul e sudeste do Pará. (Ver Box)
Nesta investigação consta ainda a Divisão de Homicídios da Polícia, sob o comando da delegada Daniele Bentes da Silva, que tem larga experiência no esclarecimento de crimes.
Por medida de segurança os investigadores que participam das buscas não revelam como estão trabalhando, contudo fontes seguras afirmam que em breve os suspeitos devem ser presos.
“Prendemos outros suspeitos em outras situações, então neste caso é uma questão de tempo para também prendermos esses suspeitos”, revela um investigador do NIP, lembrando da prisão do acusado de ser pistoleiro, Tiago Bizarrias Andrade, preso em Brasília e acusado de vários homicídios no sul e sudeste do Pará.
De Marabá seguiu uma equipe coordenada pelo delegado José Casemiro Beltrão da Silva Júnior, que disse não ter condições de falar naquele momento em que foi contatado. (E.S.)
André Luiz participou de grandes casos na região
Entre os casos que o delegado esteve à frente consta a elucidação do assassinato do vereador Gerson Elízio Cristo, morto a tiros no dia 7 de outubro de 2007, na Vila Sudoeste, em São Félix do Xingu.
Neste caso, à exceção do pecuarista Joaquim Gonçalves Montes, o Joaquim do Tato, todos os envolvidos no crime foram presos. Que são: o pecuarista Ézio Gonçalves Montes, filho do Joaquim do tato, o intermediário Valtir Correia da Silva o “Ducha”, além dos pistoleiros Jânio de Jesus Araújo e Edmilson Folhas de Araújo, o “Biró”.
Outro crime não menos emblemático, André Luiz e equipe participou das investigações dos assassinatos do vereador Edson Lara, de Itupiranga, morto no dia 5 de novembro de 2005.
Além de ter participado da prisão dos envolvidos na morte do sindicalista Domingos Santos da Silva, o Domingão, morto a tiros na porta da casa dele no dia 8 de novembro de 2005.
Mais recentemente, André Luiz participou da investigação do caso envolvendo a morte da comerciária Ana Karina Matos Guimarães, assassinada no dia 10 de maio deste ano, sendo que o pecuarista Alessandro Camilo de Lima é o principal suspeito de ser o mandante deste crime.
Este crime teria sido motivado por conta de um caso extraconjugal entre o pecuarista e Ana Karina, que estava grávida de nove meses, sendo que Alessandro Camilo não queria assumir a paternidade. (E.S.)
terça-feira, 5 de outubro de 2010
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