quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Morte do ex-bancário pode estar ligada à máfia do Pronaf

Caso Márcio Aranha


Corpo tem 99% de chance de ser do desaparecido


Edinaldo Sousa




Restos mortais encontrados no mês de agosto e sepultados no município de Novo Repartimento, sudeste do Pará, podem pertencer ao executivo Márcio Venício Aranha.
A suspeita das autoridades aumenta tendo em vista que um exame de DNA entregue recentemente ao delegado Renato Lopes Tarallo apontou como positivo quando comparado com sangue e mucosa oral de dois filhos menores do executivo.
Márcio Aranha desapareceu no dia 27 de julho deste ano. Ele trafegava numa camionete dele, de Itupiranga em direção a Marabá, segundo informou uma conhecida dele para a polícia.
A Polícia Federal investigava se o desaparecido tinha, ou não envolvimento com a máfia do Pronaf em Itupiranga. Ele pode ter sido morto por conta dessas ligações perigosas. A investigação corre em sigilo.
No âmbito da Polícia Civil, o caso está sendo investigado pelo delegado Renato Tarallo. Ele disse que não poderia comentar nada a respeito do caso.
Fonte segura, porém, adiantou que o delegado deve requerer a exumação dos restos mortais a fim de tentar descobrir o que de fato aconteceu com o executivo.



Mulher morre quase 10 meses depois de atentado



Entre os 10 corpos que foram necropsiados neste final de semana no IML de Marabá consta o da dona de casa Maria Raimunda Cristina Dourado, de 61 anos. Ela faleceu no sábado, na casa dela, na Avenida Boa Esperança, 479, Bairro das Laranjeiras.
Para quem não se lembra, a vítima, até então, sobrevivia a um espancamento que sofreu no dia 14 de fevereiro do ano passado, ocasião em que retornava de uma festa no bairro Laranjeiras, distante poucos metros da casa dela.
Naquele fatídico dia, faleceu a amiga e vizinha Raimunda Cardoso de Miranda, com a qual tinha ido para esse clube e retornava de madrugada, quase o dia amanhecendo para a casa de ambas, que ficam localizadas na Avenida Boa Esperança.
O lavador de carros Michael de Sousa Pinto, 19 anos, réu confesso de ter matado a Raimunda de Miranda, na época, disse ter sido induzido por uma voz que lhe dizia para matar as duas mulheres.
A quando da prisão dele, no mesmo dia em que matou Raimunda de Miranda, contou que estava no clube e que a vítima lhe chamou de ladrão, motivo pelo qual ficou com raiva e seguiu ambas até desferir os golpes nas cabeças das duas mulheres.
Sem o menor constrangimento, o acusado contou para a imprensa local que efetuou o primeiro golpe em Raimunda de Miranda a quem chamava de loira e posteriormente em Maria Dourado.
Para atacar as mulheres o acusado um broklete que encontrou na própria Avenida Boa Esperança. Depois de matar a “loira”, o acusado arrastou o corpo até uma construção onde pode ter cometido mais um crime, a necrofilia.
Desde que sofreu a agressão na cabeça, Maria Dourado convalescia em casa e por diversas vezes ficou internada. Ela chegou a receber uma prótese, tendo em vista que perdeu parte do crânio, porém houve rejeição e o objeto acabou sendo retirado.
No último dia 1º de outubro ela recebeu alta médica onde foi para a casa dela. Parentes e amigos cuidavam dela, uma vez que a paciente não tinha arquivo memorial e poderia se acidentar caso efetuasse alguma atividade doméstica, literalmente estava vegetando.
No sábado passado, porém a situação clínica dela piorou. Maria Dourado chegou a ser levada para o Hospital Municipal de Marabá, mas não resistiu.
Resta saber agora se esta morte deve ser acrescida ao processo do acusado, uma vez que Maria Dourado faleceu por conta da pancada que recebeu na cabeça no mesmo dia em que a amiga Raimunda de Miranda faleceu. (E. S.)


Braçal flagrado tentando furtar relógio na feira


Alegando estar desempregado, o braçal Jairo Rodrigues Silva, de 30 anos, que disse morar na Rua São João Del Rey, 230, Liberdade, tentou, na manhã de domingo, furtar um relógio numa barraca da Feira Dionor Maranhão, Bairro das Laranjeiras.
Porém a dona da banca, Maria Vanicielan Gomes, percebeu a estratégia do malandro e gritou “pega ladrão”. Pronto, foi o suficiente para populares prenderem o suspeito e darem uma surra nele. A Polícia Militar que faz rondas naquela área foi chamada e prendeu o acusado.
Conduzido até a Delegacia Distrital da Cidade Nova o acusado foi autuado por tentativa de furto pelo delegado Victor Costa Lima Leal, já que não conseguiu furtar o relógio.
Para a Imprensa, porém, o acusado negou o crime. Mesmo assim ficou preso para refletir melhor a respeito do crime que tentou cometer. (E. S.)


Vigilante é vítima de latrocínio



Final de semana bastante movimentado no Instituto Médico Legal de Marabá (IML). Ao todo foram dez corpos necropsiados. Uma das vítimas foi o vigilante Deusimar Lopes da Silva, 42 anos. No sábado à tarde, por volta das 16h30, ele foi baleado, na Travessa Carajás, Bairro Cidade Nova, durante tentativa de assalto.
Deusimar da Silva pilotava uma moto Bros e carregava na garupa uma filha menor de 17 anos. Ele foi abordado na Travessa Carajás, por uma pessoa que estava armada com um revólver calibre 38.
De acordo com a menor, o assaltante também estava numa moto Bros e encostou próximo de ambos e mandou que Deusimar entregasse a moto. “Entrega a moto, vagabundo”, teria dito o assaltante, para em seguida efetuar um único disparo na vítima.
O projétil acertou as costas do vigilante que ainda foi socorrido e lavado para o Hospital Regional em Marabá, porém faleceu por volta das 22 horas.
O corpo do vigilante foi velado na casa do pai dele, no bairro Novo Horizonte, e sepultado no final da tarde de domingo. A família não quis aproximação com a Imprensa.

“Caiu”
Acusado foi preso horas após o crime


Logo após o baleamento do vigilante, policiais militares da 26ª Zona de Policiamento, comandados pelo major Denner Eudes da Rocha Favacho fizeram um cerco e conseguiram prender o acusado Walysson Gomes de Matos, de 18 anos.
Walysson de Matos foi apanhado quando chegava a casa dele, na Rua 7, Quadra 56, Lote 27, Conjunto Itacaiúnas, por volta das 19 horas do último sábado.
Assim que viu os policiais militares, o suspeito disse que não tinha cometido crime algum e que não sabia de nada, conforme informou o cabo Francisco Carlos Miranda.
Porém, minutos mais tarde, os policiais militares, de acordo com o sargento Aldir Santos, um revólver calibre 38 foi localizado na casa de um vizinho do acusado.
Esta pessoa não teve o nome divulgado, mas confirmou que Walysson da Silva entrou pelo quintal da casa dele e deixou a arma escondida dentro da casa.
Preso, o acusado não só negou que tivesse atirado no vigilante como disse que estava jogando vídeo game num cyber café do Bairro Liberdade.
A mesma história foi confirmada pelo pai da vítima, José Pessoa de Matos, mas estranhamente, assim que soube que o revólver havia sido localizado, o acusado urinou nas próprias mãos, provavelmente numa tentativa de se livrar de vestígios de pólvora.
A estratégia, na verdade não passa de mito, pois quando alguém atira, os vestígios de pólvora ficam no corpo por vários dias, daí o motivo pelo qual se faz o exame de pólvora combusta, conforme informou um perito criminal.
Por sua vez, o delegado Vinicius Cardoso das Neves autuou o acusado por latrocínio com base no Artigo 157, Parágrafo Terceiro, do Código Penal Brasileiro (CPB), e requisitou coleta de material sob as unhas do acusado a fim de que seja submetido a exame de pólvora combusta.
Outra medida tomada pelo delegado foi a requisição de exame de micro comparação balística entre o projétil retirado do corpo da vítima e arma encontrada a fim de detectar ou descartar se o revólver apreendido foi usado neste crime. (E. S.)




Filha da vítima reconhece acusado



Nesta tentativa de assalto, que evoluiu para latrocínio (roubo seguido de morte), a filha do vigilante, Deusimar Lopes da Silva, uma menor de 17 anos, teve a calma necessária para repassar as características do acusado aos policiais, o que permitiu a identificação e prisão de Walysson Gomes de Matos, de 18 anos.
Outro detalhe não menos importante foi o fato de a menor ter percebido que estava sendo seguida, desde quando saíram da casa dela, no Bairro Vale do Itacaíunas.
Quando chegaram à Avenida 2000, bairro Belo Horizonte, a menor disse ter visto quando outra pessoa numa moto Bros se aproximou da moto onde estava na garupa.
Contou aos policiais militares que viu os dizeres na frente da moto: “Que Deus te dê em dobro tudo aquilo que me desejares”.
Até então o acusado Walysson Matos negava peremptoriamente o crime, porém a moto, que pertence ao pai dele, José Matos, foi apreendida, uma vez que supostamente fez parte do crime.
Num primeiro momento, o pai do acusado, José Pessoa, chegou a ameaçar processar alguns profissionais de Imprensa que estavam trabalhando na cobertura jornalística do assassinato.
Mais calmo, ele disse para a Imprensa que o filho não tem nada a ver com o crime e no momento em que aconteceu o baleamento, Walysson estava num cyber café, além de ter comentado que a menor estaria nervosa, e poderia ter se confundido.
Esta, porém, não é a primeira vez que Walysson de Matos tem problemas com a Justiça. Ano passado ele foi preso acusado de ter cometido crimes na modalidade “saidinha”.
“Ele nega, mas foi reconhecido, por isso foi autuado em flagrante e deve responder na Justiça por latrocínio”, confirma o delegado Vinicius Cardoso. (E. S.)


Apenas 4 anos

Criança morre afogada no Rio Tocantins


Fatalidade ou imprudência. São as duas hipóteses prováveis para um afogamento que aconteceu na tarde de domingo, no Rio Tocantins. O menor Artur Costa e Silva, de apenas 4 anos morreu.
Ele navegava dentro de uma canoa, conhecida por rabeta, quando o pequeno barco resvalou na hélice do cabo de aço que serve de sustentação de uma draga que fica estacionada no Rio Tocantins.
De acordo com a avó da criança, Maria José da Costa Martins, de 61 anos, o barco seguia com cinco pessoas e ela e o neto pretendiam ir até uma terra dela na localidade “Carrapato”, mas a viagem foi interrompida pelo acidente.
Militares do Corpo de Bombeiros fizeram as primeiras buscas no local, ainda na tarde de domingo, porém somente na manhã de ontem é que populares localizaram o corpo da criança.
Inconformada, a avó indagava o porquê de Deus ter permitido que o neto morresse. “Preferia eu ter morrido no lugar dele, porque Deus levou o meu filho”, dizia em prantos.
Por outro, lado o acidente reascende uma antiga discussão em torno da presença das dragas, que ficam localizadas no delta (encontro dos rios Itacaiúnas e Tocantins) há bastante tempo.
“Elas ficam ai sugando material porque aqui só mora pobre”, conta a dona de casa Alexandra Magalhães Teixeira. A mulher conta que praticamente todo o aterro de sustentação das casas do bairro Francisco Coelho, popularmente conhecido por “Cabelo Seco” foi tirado colocando em risco algumas destas casas.
A denúncia é reforçada pelo ancião Tertuliano Dias Aragão, 72 anos. “A vida toda nós reclamamos porque estas dragas ficam próximas às nossas casas, mas ninguém faz nada”, conta.
“Estamos abandonados, ninguém olha por nós”, reforça, lembrando que o Bairro Cabelo Seco é o primeiro do município, mas é o ultimo a ser lembrando pelo poder público. (E. S.)



Colono estava armado até os dentes



O colono Antonio Maciel Silva Filho, de 19 anos, preso no último domingo em Marabá, a julgar pela quantidade de armas que portava, provavelmente esperava um conflito de grandes proporções.
Policiais militares do Grupo Tático Operacional (GTO) prenderam o acusado quando este circulava pela Rodovia Transamazônica, zona rural de Marabá, e portava três espingardas cartucheiras e mais uma “garrucha”, arma artesanal.
Alguns cartuchos, balins e pólvora foram apreendidos em poder do acusado. O delegado Victor Costa Lima Leal autuou o colono por porte ilegal de armas com base no Estatuto do Desarmamento.
Antonio Filho negou, porém, que as armas seriam usadas em alguma contenda, ou defesa pessoal, mas usava as cartucheiras para caçar e que as armas pertencem à fazenda onde trabalha. Mas independentemente das alegações ele ficou preso e só deve sair quando um juiz arbitrar fiança.
Outro - O notívago Emanuel Maravilha Santis foi preso na madrugada de sábado, na Nova Marabá. Ele estava nas proximidades de uma boate e dava tiros pra cima.
Policiais militares do GTO foram acionados e prenderam o acusado que estava portando uma pistola calibre 7.65.
Conduzido até a 21ª Seccional Urbana da Nova Marabá, e diante do delegado Temmer da Cunha Kaiath, disse que usava a arma para se proteger, mas acabou sendo autuado por porte ilegal de armas com base no Estatuto do Desarmamento. (E. S.)

Nenhum comentário: