quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

PF dá batida na cracolândia, mas não encontra droga

Edinaldo Sousa - Agentes da Polícia Federal comandados pelos delegados Antonio Carlos Beaubrun Júnior e Robert Nunes e policiais militares e pelo major Denner Eudes Favacho da Rocha, chegaram de madrugada na Rua das Cacimbas, bairro Amapá.
Os policiais cumpriram quatro mandados de busca e apreensão expedidos pelo juiz Celso Quim Filho, substituto da 5ª Vara Penal, nas casas de Doriel, Dila, Jhony e Cláudio Pit Bul, que são investigados por tráfico de drogas naquela área.
Nas três casas revistadas os policiais não conseguiram localizar a droga, porém havia diversos papelotes espalhados na rua. Moradores denunciaram recentemente na Imprensa marabaense que a rua estava sendo transformada numa Cracolândia, porém ontem não houve sequer uma ligação ao sistema CIOP, para denunciar em quais casas a droga estaria, diferentemente do que acontece em Belém, quando a polícia entra em um bairro há a colaboração dos moradores.
O medo talvez seja o maior causador dessa situação. O delegado Beaubrun Júnior também lamentou tal situação, mas deixou claro que o trabalho policial não pára. “Pelo menos serviu para dar um choque de autoridade”, justificou.
Na casa de Claudio Pit Bul, o policial disse que localizou cerca de R$ 1.600,00, porém o dinheiro não foi apreendido e nem o acusado preso, tendo em vista que não foi possível estabelecer se o dinheiro é de origem do tráfico.
“O nosso trabalho é assim mesmo, um dia se ganha e outro perde, mas continuamos firmes no combate ao tráfico”, acentua.
Evidentemente que o policial não informou de que maneira pretende trabalhar nesse combate ao tráfico. Após a saída dos policiais, diversos comentários surgiram na rua.
Um deles apontava para a hipótese de ter havido vazamento de informação a respeito da atuação dos traficantes pelos próprios usuários de droga.
Os policiais fecharam a Rua das Cacimbas. Todos que saíam eram revistados e até por volta das 7h da manhã ninguém entrava na rua.
Até mesmo o padre Mário Maestri, que coordena a Chácara Emaús, teve de contornar a rua para ter acesso ao prédio que fica no final da Rua das Cacimbas.
Independentemente do resultado dessa operação, diversos moradores daquela rua elogiaram a presença dos federais. “Agora vai, vão prender esse bando de ladrão”, comentou uma dona de casa.
Outro morador da rua comentou, porém, que assim que os federais e militares saíssem da rua, o tráfico voltaria a correr frouxo. “Aqui não tem jeito, só se prender todos eles”, acrescentou.
A situação é tão grave nesta rua, que recentemente houve um arrombamento a uma escola de música e diversos objetos foram furtados.
Uma viatura da Polícia Militar foi mandada para aquela rua e só saiu de lá quando os objetos foram devolvidos à escola.
Fonte segura informou que um acusado de tráfico teria interferido e mandado o arrombador devolver os objetos, revelando assim o nível de influência e organização do crime naquela área de Marabá.


Dupla rouba, mas polícia recupera moto



A dupla de roubo a motos volta a atacar em Marabá. Na tarde de ontem (8), dois assaltantes roubaram uma moto que pertence a um supermercado no Bairro das Laranjeiras. O assalto aconteceu na Rua Curitiba, Bairro Belo Horizonte.
Era por volta das 16h30 quando o entregador de mercadorias, Diwilys Lima dos Santos, de 22 anos, foi abordado pelos dois ladrões. Ambos circulavam numa bicicleta e se aproximaram dele, pois estava com a moto parada.
A vítima conta que um dos assaltantes saltou da bicicleta e apontou uma arma de fogo e ordenou que saísse de cima da moto senão atiraria nele. Os ladrões fugiram na motocicleta deixando para ele a bicicleta.
Recuperada – Neste caso, porém, houve final foi feliz. Policiais militares da 26ª Zona de Policiamento, sob o comando do major Denner Eudes Favacho da Rocha fizeram o cerco e conseguiram perseguir os dois assaltantes e recuperaram a moto.
Os acusados se aproveitaram o engarrafamento que se forma por conta do desvio da Transamazônica e adentraram a Folha 33, Nova Marabá, onde abandonaram o veículo.
Nesse mesmo momento, representante do supermercado estava registrando ocorrência policial do roubo da moto. Ao final, a delegada Bruna Paolucci fez um auto de entrega e devolveu a moto ao supermercado.
Mas nem sempre a história termina dessa maneira. Pelo menos uma moto é roubada por dia em Marabá, ao passo que nem sempre a Polícia consegue descobrir quem são os ladrões e qual a destinação desses veículos, restando à população o simples registro de ocorrência.
Para dificultar ainda mais a vida do cidadão quando um veículo é roubado, demora pelo menos um mês para que conste no sistema nacional de veículo roubado, permitindo assim que a moto seja “desmanchada” rapidamente, tendo em vista que geralmente os ladrões levam consigo os documentos dos veículos.
No caso de ontem, os assaltantes não só ficaram sem a moto, como também sem a bicicleta que estavam tendo em vista que foi abandonada na Rua Curitiba, o que deve dificultar a vida deles um pouco, pois pelo menos por enquanto não têm como se deslocar.
Nesse caso revelou o que se chama de princípio de “vitimologia”, ou seja, a pessoa dá causa para que o crime aconteça. Os dois assaltantes aproveitaram que o entregador estava em cima da moto e com a chave na ignição e roubaram a moto. (E.S.)


Artesão preso acusado de furtar bicicleta



Entre os poucos flagrantes registrados nas últimas 24 horas nas delegacias de Marabá consta a prisão do artesão Jurandir Conceição Rodrigues, de 38 anos, morador do Bairro São Miguel da Conquista.
De acordo com o delegado Victor Costa Lima Leal, o acusado furtou uma bicicleta no final da Avenida Sérvulo Brito, Cidade Nova, e acabou sendo preso pela Polícia Militar.
Por conta desse crime, ele foi autuado por furto simples. Para a Imprensa, Jurandir Rodrigues disse que conhecia o dono da “magrela” e que apenas pegou empresta.
Inclusive, disse que a bicicleta estava com a bacia quebrada e que mandou consertar, pois precisava ir até a Marabá Pioneira para comprar matéria-prima para confeccionar artesanato.
Admitiu, contudo, ser usuário de drogas, mas negou veementemente que tinha a intenção de vender a bicicleta para comprar entorpecente. “Se tivesse a intenção de vender a bicicleta, não ia mandar consertar”, justificou.
A situação do acusado se agrava ainda mais pelo fato de ele ser portador de tuberculose, sendo que nas cadeias não há espaço reservado para esse tipo de paciente, o que deve pesar a favor do acusado quando for ouvido em juízo. (E.S.)

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