terça-feira, 28 de outubro de 2014

Líder de sem-teto morta em via pública




Edinalva executada a tiros, a maioria na cabeça


Histórico indica que vítima tinha conquistado um rol de inimigos por diversos motivos, inclusive venda de lotes  


A Divisão de Homicídios (DH) da 21ª Seccional Urbana da Nova Marabá, que tem a frente o delegado Álvaro Beltrão Ikeda, ainda não sabe quem matou a líder de moradores sem-teto Edinalva Rodrigues Araújo, 56 anos. Ela foi assassinada no final da manhã do último sábado (25) quando seguia em direção ao bairro da Paz, conhecido por Invasão da Lucinha, no Núcleo Cidade Nova.

O trabalho de investigação está em fase preliminar e as informações são bastante escassas em torno do caso. O pouco que a Polícia repassou dá conta que o crime, com características de execução sumária, foi cometido por uma dupla da moto preta, provavelmente uma Bros antiga.

O crime seguiu o mesmo roteiro de outros que aconteceram em Marabá nos últimos anos. O pistoleiro da garupa desce da moto, efetua os disparos enquanto o piloto segue acelerando e, em seguida fogem tão rápido quanto chegaram no palco crime.

Ainda segundo informações da Polícia, Edinalva Araújo foi alvejada com vários tiros, sobretudo na cabeça. Ela estava sentada no banco do carro, do lado do carona, e não teve a menor chance de se defender. O marido dela, Mozaniel de Alencar Coelho estava dirigindo o veículo e foi atingido no abdome por provável bala perdida. Ele foi socorrido e levado para o Hospital Municipal de Marabá (HMM), onde foi medicado e aparentemente não corre risco de morte. 

Disputa – Edinalva Araújo estava no centro de uma disputa pelo controle da Associação de Moradores do Bairro Araguaia. O ex-marido dela, Luiz Vieira Rodrigues, é quem dirige a entidade. Essa disputa pode ser uma das prováveis possibilidades para traçar uma linha de investigação em torno do crime. Mas também não está descartada a possibilidade do assassinato estar relacionado com a venda de lotes dentro do bairro Araguaia. No início deste ano a vítima já tinha sido atacada por moradores desse bairro, por conta de ter vendido lotes e não ter repassado os terrenos aos compradores.

Não há informações de a líder sem-teto vinha sendo ameaçada de morte. As duas filhas dela quase nada informaram a respeito da rotina da mãe delas, uma vez que as jovens não moravam com Edinalva.

Numa rápida pesquisa no site do Tribunal de Justiça do Estado (TJE) do Pará, a reportagem levantou que a vítima respondia um processo por homicídio ocorrido em agosto de 2005, em Parauapebas, sudeste do Pará. Neste mesmo processo figuram outras onze pessoas que têm contra si, prisões preventivas decretadas desde o mês de maio deste ano, inclusive o ex-marido, Luiz Vieira Rodrigues. 



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