Edinaldo Sousa - Depois um dia inteiro de buscas, parentes e amigos do professor Mário Antonio Alves da Silva, na noite de sábado 13, tiveram a frustração de vê-lo, estendido numa cama, envolto numa poça de sangue, com a boca amordaçada e no pescoço um cabo de energia.
O corpo dele foi encontrado na noite de domingo, na casa dele, na Folha 20, quadra 15, Lote 12, Nova Marabá. A vereadora Antonia Carvalho de Araújo Albuquerque (PT) informou que foi a segunda pessoa a entrar no quarto e constatar que de fato o amigo estava morto.
Contou que Antonio da Silva era homossexual assumido e em princípio descartou que ele possa ter sido vítima de homofobia e acredita que algum namorado pode ter sido o autor desse bárbaro crime.
O corpo estava sendo velado na casa dele. O ontem à tarde foi sepultado no Cemitério da Saudade, na Folha 29, Nova Marabá em face ao adiantado estado de decomposição.
Latrocínio - Neste caso a hipótese de latrocínio envolvendo pessoas próximas da vítima é reforçada pelas circunstâncias do crime.
O homicida levou dois telefones celulares e o carro da vítima, uma corsa classic, prata, placa NSO-5669, Marabá-PA. O veículo foi abandonado na rua Pedro Fontenelli, em frente à casa de número 218-B, Cidade Nova.
Em princípio a vereadora Antonia Carvalho suspeitava que um notebook tivesse sido furtado, porém a mãe da vítima, Marina Alves de Sousa informou que o aparelho estava emprestado para um amigo.
Mas independentemente da quantidade de objetos furtados, os amigos do professor Mário cobram celeridade e seriedade nas investigações, pois temem que caso caia no esquecimento e se transforme em dado estatístico.
“Vamos cobrar sistematicamente que a Polícia investigue esse caso, inclusive vamos exigir o aparelhamento do estado para que a morte do nosso colega não seja esquecida”, comenta.
Por vários anos, Mário da Silva foi diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp) e ultimamente estava lecionando na zona rural de Marabá.
No sábado ele tinha retornado ao centro urbano onde teria feito compras para retornar nesta terça-feira à zona rural.
Para Toinha, como é conhecida a vereadora, de fato o professor Mário pode ter sido vítima de algum namorado.
“Não tem sinais de arrombamento na casa, por isso que desconfiamos se tratar de pessoa conhecida dele”, reforça.
Amparada – Bastante angustiada estava a mãe da vítima, Marina de Sousa ontem pela manhã. Ela estava sentada numa cadeira “preguiçosa” e não conseguia entender, ou compreender o que havia acontecido com o filho dela.
Por conta do súbito mal estar da dona de casa a reportagem preservou a dor da idosa, pois estava sob efeito de calmantes.
Em princípio o caso deve ser investigado pela Divisão de Homicídios da 21ª Seccional Urbana da Nova Marabá, que ontem pela manhã estava com as portas fechadas em função do feriado nacional.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário