quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Incêndio destrói depósito da loja Leolar


Edinaldo Sousa - Prejuízo incalculável. É desta forma que a direção de uma grande loja de departamentos do sul e sudeste do Pará vê o resultado de um incêndio que consumiu praticamente todo o centro de distribuição dessa loja, localizado na Folha 29, Nova Marabá.
O incêndio, segundo moradores desta folha, teve início por volta de 23h30 da noite de domingo e se estendeu até a manhã de segunda-feira (13) reduzindo a cinzas praticamente todas as instalações e consumiu todos os móveis e eletrodomésticos que estavam dentro desse depósito.
Populares contaram ter ouvido uma pequena explosão nos fundos e na parte superior do prédio, onde ficam as sessões de CD e logo em seguida as labaredas tomaram conta de praticamente toda a estrutura.
O fogo se alastrou com maior proporção após alcançar o setor de colchão e geladeiras, que são altamente inflamáveis, dificultando assim o trabalho dos bombeiros.
Boa parte dos moradores que circundam o depósito teve de sair de suas casas ante ao perigo das paredes desabarem em cima das casas e por conta da densa cortina de fumaça que se formou.
Na manhã de ontem o cenário era semelhante a uma guerra, havia escombros por toda parte de estrutura de ferro retorcido pelo calor.
As paredes do depósito estavam de pé, porém, segundo fontes do Corpo de Bombeiros, estão comprometidas e devem ser demolidas. Há várias rachaduras nas paredes.
Mas as paredes significam prejuízo infinitamente diminuto diante do universo de produtos que estavam acondicionados no Centro de Distribuição.
Era neste prédio que o Grupo Leolar abastecia as 66 lojas de todo o sul e sudeste do Pará e no momento do incêndio alguns caminhões estavam descarregando mercadoria e foram retirados do pátio.





Diretora reclamou da demora no atendimento



A diretora comercial do grupo, Marta Rocha, comentou ontem pela manhã que assim que tomou conhecimento do incêndio no Centro de Distribuição, imediatamente acionou o Corpo de Bombeiros Militares em Marabá, porém houve certa demora no atendimento à ocorrência.
Ela contou que houve um hiato de pelo menos 40 minutos, entre as chamadas telefônicas e o atendimento, inclusive, ela própria teve de se deslocar da Folha 29, na Nova Marabá, até o Quartel dos Bombeiros, na Cidade Nova, num percurso de pelo menos cinco quilômetros.
“Marabá, apesar de toda sua importância não tem estrutura para atender esse tipo de ocorrência, pois se os Bombeiros tivessem agido rápido com certeza dava para contornar o incêndio”, observa.
A reportagem tentou manter contato com o tenente Paulo César, que coordenava os trabalhos dos militares no local do incêndio, porém ele mandou avisar que só falaria em outra ocasião.
Por outro lado ela demonstrou um entusiasmo acima do normal e disse que a “família Leolar vai superar o trauma e dar a volta por cima para novamente ser a potência que é no mercado regional e oferecer produtos de qualidade à população”, comentou.
Por seu turno, embora houvesse reclamações por parte de pessoas ligadas à direção da empresa, os mais de 10 bombeiros permanecem no local desde que começou o incêndio e só devem sair da área quando tudo estiver sob controle. (E.S.)



Oportunistas saqueiam loja



Enquanto vários Bombeiros Militares, seguranças, voluntários da Infraero e até mesmo militares do Exército Brasileiro se desdobravam para tentar conter as chamas, uma meia dúzia de oportunistas aproveitavam para saquear alguns eletrodomésticos.
Inclusive, houve até um princípio de tumulto entre alguns estes ratos, que brigavam para ver com quem ficava uma geladeira.
Ao final e ao cabo, praticamente tudo foi consumido pelas chamas. O empresário diretor do grupo, Leonildo Rocha compareceu ao local do incêndio, mas pouco pode fazer para tentar minimizar os estragos provocados pelo incêndio, que até então não tem uma causa definida. (E.S.)

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