quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Elite da PC deve ficar na região durante o final de ano

NIP e GPE desarticulam quadrilhas em Marabá e Parauapebas




Edinaldo Sousa



Quando a inteligência se alia à força os resultados aparecem no setor de segurança pública do Pará, tão criticado ultimamente.
Policiais civis do Núcleo de Inteligência da Polícia (NIP) e do Grupo de Pronto Emprego (GPE), considerados a elite da Polícia prenderam esta semana duas quadrilhas que pretendiam roubar em Parauapebas e Marabá.
Neste último município foram presos: Antonio Alves do Amaral, ou Márcio Alves do Amaral, 28, Fábio Gomes Pereira da Silva, 27 e Tiago Lopes da Silva 21 anos.
O trio estava na casa do Márcio, ou Antonio, situada na rua Nova, bairro Nossa Senhora Aparecida, conhecida por invasão da “Coca-cola”.
Segundo fonte do NIP o grupo estava se articulando para assaltar uma empresa de pavimentação asfáltica em Parauapebas.
A ação policial chamou a atenção de praticamente todos os moradores deste bairro, que não têm costume de ver policiais fortemente armados e diversas viaturas.
Pra se ter uma idéia do poder de fogo dos policiais, um dos agentes do GPE portava dois fuzis calibre 7.62, além de diversos carregadores e pistolas.
Nesta casa os policiais apreenderam quatro celulares, um notebook, um revolver calibre 38 com cinco munições, treze folhas de cheque em nome de Zenaide Rodrigues de Souza, que seria esposa do Márcio, ou Antonio.
De acordo com fonte segura do NIP, os três, juntamente com um acusado identificado pelo apelido de “Marabá”, pretendiam se deslocar para Parauapebas para roubar uma empresa, cujo montante seria da ordem de R$ 200 mil que seriam usados para pagar os funcionários.
Para tanto, os acusados contariam com o apoio de um funcionário dessa empresa, identificado por Dário Pena. Ele teria repassado informações privilegiadas ao grupo em relação ao esquema de segurança.
Agentes do GPE foram até a empresa, mas não conseguiram prender o acusado, pois este não foi trabalhar na quarta-feira. Ele está sendo caçado pelos policiais e pode ser preso a qualquer momento.
De acordo com a fonte do NIP, os acusados estavam sendo investigados há algum tempo, porém nos últimos dois dias os policiais fizeram várias incursões e seguiram os suspeitos em diversas situações.
Para tanto usaram várias viaturas descaracterizadas e escutas telefônicas autorizadas pela Justiça. Na noite de terça-feira, o acusado identificado por “Marabá”, conseguiu fugir ao cerco policial. As armas para esse assalto estariam com este suspeito.
Os três acusados ficaram de ser autuados pelo delegado Roberto Paggi, plantonista da 21ª Seccional Urbana da Nova Marabá, por formação de bando, ou quadrilha, porte ilegal de armas e no caso do Márcio, ou Antonio, por porte de documento falso.
Os objetos apreendidos devem ser submetidos a perícias a fim de constatar os prováveis crimes dos acusados.
O trio negou qualquer intenção de roubar em Parauapebas. Fábio Gomes Pereira da Silva, disse que mora na Vila Três Poderes, zona rural de Marabá, enquanto Tiago Lopes da Silva 21 anos mora em São Pedro da Água Branca no Maranhão.
Em operação realizada na última terça-feira em Parauapebas, coordenada pelos delegados Nelson Alves Júnior, de Parauapebas e Eliseu Brasil, titular do GPE resultou na prisão de quatro suspeitos de integrar uma quadrilha.
Foram presos Josué da Silva Pinheiro, Joedilson Alves de Almeida, Ananias da Silva Filho e Valdete Cristina Lima de Souza. Esta última acusada teria orquestrado o assalto à empresária que estaria carregando pelo menos R$ 30 mil em jóias diversas. A mulher, segundo o delegado Nelson foi a primeira a ser presa.
A partir desta prisão os policiais diligenciaram e conseguiram chegar até os outros três acusados que estavam em Parauapebas.
O quarteto pretendia assaltar a empresária, quando esta chegasse na loja dela, situada na rua 14, bairro União, porém os planos deles foram interceptados pela ação rápida da Polícia.
Uma fonte segura do NIP informou que o quarteto estava sendo monitorado há alguns dias. Com os acusados os policiais apreenderam um revólver calibre 38, que estava dentro de uma carenagem de uma moto que também foi apreendida.
Os quatro foram autuados por formação de bando, ou quadrilha e porte ilegal de armas e a empresária conseguiu se livrar de ser assaltada.
Tanto o NIP, quando o GPE devem continuar na região por tempo indeterminado a fim de tentar evitar roubos a banco na região.
O GPE está circulando em vários municípios paraenses. A presença dos agentes é percebida por assaltantes de banco, tanto que em escuta recente do NIP dois assaltantes de bancos se articulavam para roubar no Pará, porém desistiram por conta da atuação dos policiais.




Quadrilha vendia motos em Anapu




No caso da quadrilha que foi presa em Marabá, segundo fonte do NIP, o acusado de ser o líder do bando, o Antonio Alves do Amaral, ou Márcio Alves do Amaral 28, vendia as motos que eram roubadas em Marabá no município de Anapu, sudoeste paraense.
Para tanto ele fretava um caminhão baú e colocava os veículos dentro A moto preferida da quadrilha seria a Bros, muito roubada em Marabá. Praticamente todos os dias pelo menos uma moto é roubada em Marabá.
Por cada veículo entregue o acusado receberia pelo menos R$ 3 mil. O receptador de tais veículos, ainda de acordo com a fonte, seria um acusado de prenome Carlito que também está sendo caçado. “A qualquer momento ele deve ser preso”, adianta a fonte.
Márcio, ou Antonio não quis comentar a prisão dele, porém negou que tivesse qualquer envolvimento com a quadrilha e que iria se pronunciar em outra ocasião.
A reportagem levantou, porém que desde as primeiras horas de quarta-feira, havia uma movimentação intensa de motos entrando na casa do acusado.
A fonte do NIP garante que o bando pretendia se deslocar para Parauapebas para cometer o assalto, porém foi preso antes. “Vamos continuar na região por tempo indeterminado”, adiantou o policial lembrando que o trabalho de combate ao crime organizado continua mesmo neste final de ano. (E.S.)

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