O ex-agente prisional Valdenor Pereira da Costa, exonerado no dia 4 de abril, citou, informalmente o nome de cinco agentes prisionais que estariam envolvidos na teia do tráfico dentro do Centro de Recuperação Agrícola Mariano Antunes (Crama).
Para quem não se lembra ele foi preso na última sexta-feira (1º) em Marabá quando tentava entrar com uma pedra de pasta base de cocaína de aproximadamente 300 gramas. Ele camuflou a droga dentro da cueca.
A citação dos nomes dos agentes aconteceu na manhã de ontem, antes dele ser transferido para o presídio Anastácio Neves, em Belém, porém a fonte não informou quais seriam estes agentes envolvidos no esquema.
A reportagem levantou que está em curso uma investigação envolvendo agentes prisionais das casas penais de Marabá e que apura tanto a entrada de drogas como a provável facilitação de fugas. Pra se ter uma idéia, ano passado pelo menos 120 presos fugiram do Crama de forma bastante misteriosa.
A investigação, evidentemente, corre em segredo de Justiça, porém uma fonte segura informou que há diálogos entre agentes, detentos e parentes destes que negociam os valores das fugas e como deveriam proceder.
Resta saber se ao final dessa investigação alguém será responsabilizado penalmente, ou somente Valdenor da Costa irá ser punido.
Segredo - Segredo é algo praticamente impossível dentro de uma casa penal. De acordo com outra fonte, Valdenor da Costa foi entregue por um detento.
Ele já estava no Sistema Prisional há mais de nove anos, por indicação de uma ex-deputada estadual de Marabá.
O comportamento dele levantou suspeita da direção da casa penal, uma vez que era “considerado” pelos detentos e tinha trânsito livre.
Um detento, segundo a fonte segura, quando quer entregar algum agente prisional, não o faz de forma escancarada, pois teme a massa carcerária que não aceita delator no meio deles.
Assim, tem como estratégia entregar o agente, ou qualquer outro servidor de forma velada, ou subliminar.
“Para bom entendedor uma palavra basta”, comentou a fonte ilustrando o caso do ex-servidor Valdenor da Costa, que foi citado em algumas ocasiões por detentos sobre o vínculo que mantinha nas casas penas.
“Na cadeia não há segredo, cedo, ou tarde ficamos sabendo o que acontece, são muitas histórias”, comentou.
Boataria alerta segurança do Crama
Final de manhã de quarta-feira (6) uma onda de boatos colocou em alerta máximo a segurança do Centro de Recuperação Agrícola Mariano Antunes (Crama) tudo por conta de uma provável invasão a esta casa penal.
Um soldado chegou com uma informação nesta casa penal que havia 27 homens dentro de uma mata que cerca o Crama e se preparavam para resgatar alguns presos.
A notícia apavorou algumas agentes prisionais que por diversas vezes ligaram para o diretor desta casa penal, Emmett Alexandre da Silva.
Após diversos comunicados entre agentes, diretores e militares foi descartada essa possível invasão.
Na verdade, segundo uma fonte segura, tudo não passou de uma onda de boato para tentar desestabilizar e colocar em xeque a segurança do Crama.
Se por um lado a boataria causou rebuliço, por outro desencadeou um efeito contrário, uma vez que todos os agentes e policiais militares ficaram em alerta máximo por conta dessa provável invasão.
Andarilho encontrado morto em Morada Nova
Na manhã de quarta-feira (6), a Divisão de Homicídios da Polícia Civil e peritos do Instituto Médico Legal de Marabá foram acionados por conta de um corpo que foi localizado próximo a um posto de combustíveis, em Morada Nova.
Em princípio o caso estava sendo tratado como um homicídio, porém a vítima pode ter morrido de causas naturais.
O falecido era um andarilho que até o fechamento desta matéria ainda não tinha sido identificado.
A vítima aparentava entre 55 a 60 anos e foi encontrado morto na calçada de uma loja de acessórios para carro, próxima ao posto de combustíveis de Morada Nova. No local não apareceu um único parente da vítima.
Ele foi encontrado morto deitado numa calçada sobre uma rede, tinha como travesseiro a própria mochila e do lado um par de alpercatas.
Dentro dos pertences dele não havia um único documento.
Chamou a atenção da reportagem o fato dele ter apenas o dedo polegar da mão esquerda.
Um adolescente informou que o andarilho foi visto circulando em Morada Nova ano passado e há cerca de um mês havia retornado para aquele bairro.
Tinha por hábito ficar esmolando para comprar alguns parcos alimentos e parte do dinheiro que conseguia usava para comprar bebida alcoólica.
Costumava ficar à sombra de três árvores à margem da BR-155 onde preparava os alimentos e se reunia com os demais amigos de copo.
Uma fonte segura do IML informou que não havia marcas de espancamento, ou qualquer perfuração no corpo da vítima.
Parte de órgãos foi enviado para um laboratório em Belém a fim de que seja feito um exame histopatológico e assim definir a causa da morte do andarilho.
Polícia Federal prende falso dentista
Dois agentes se infiltraram e se passaram por clientes e acabaram prendendo, na tarde de quarta-feira (6) um falso odontólogo que trabalhava em um gabinete na Folha 28, Quadra 38, Lote 1, Nova Marabá.
O acusado de ser falso dentista, Luiz José Sousa e Silva foi preso quando estava atendendo a uma cliente. Ele estava de luvas e máscara quando os dois agentes federais deram voz de prisão pra ele.
A prisão é fruto de uma denúncia do Conselho Regional de Odontologia de Marabá (CRO), que por diversas vezes ouviu reclamações a respeito da atuação desse falso dentista.
Segundo o delegado Robert Nunes, o acusado não esboçou nenhuma reação e foi conduzido para a Delegacia de Polícia Federal onde ficou de ser autuado no artigo 282 do Código Penal Brasileiro (CPB).
Por se tratar de um crime de menor potencial ofensivo, o acusado foi ouvido formalmente da Polícia Federal e contra ele deve ser formatado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e deve responder ao crime em liberdade.
quinta-feira, 7 de abril de 2011
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