O Ibama realizou audiência pública, nesta quarta-feira (06/04), em Novo Progresso, no sudoeste do Pará, onde manifestantes invadiram o escritório regional do instituto e prenderam com cabo de aço e cadeado o helicóptero que dava apoio à operação Disparada, numa tentativa de impedir a ação dos agentes federais.
Na audiência, que durou pouco mais de duas horas e reuniu cerca de 500 pessoas na sede de uma igreja no centro do município, o Ibama reiterou que a operação Disparada não será interrompida na região.
As cerca de 890 cabeças de gado flagradas em área desmatada ilegalmente e embargada numa fazenda em Altamira, o estopim do protesto, também permanecem apreendidas.
Os anúncios foram feitos pelo coordenador-geral de Fiscalização Ambiental do Ibama, Bruno Barbosa, e o superintendente-substituto do órgão no Pará, Alex Lacerda, que chegaram à cidade logo após os conflitos.
“O caminho é o desmatamento zero, porque enquanto houver desflorestamento ilegal, haverá vistoria de embargos e apreensão de gado”, disse Bruno Barbosa.
Antes da audiência, Barbosa e Lacerda se reuniram por uma hora, a portas fechadas, com lideranças dos produtores rurais, vereadores e a prefeita Madalena Hoffman, na Câmara de Vereadores.
Os representantes locais reivindicavam o cancelamento da apreensão do rebanho e a saída dos agentes da fazenda ocupada desde o final do mês de março que não foi aceito pelo Ibama.
O coordenador-geral de Fiscalização Ambiental explicou que o proprietário do rebanho apreendido terá todas as oportunidades de se defender durante o processo administrativo no Ibama antes que o gado seja, definitivamente, doado ao Programa Fome Zero.
quarta-feira, 6 de abril de 2011
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