quarta-feira, 11 de julho de 2012

Entidades denunciam crime ambiental em fazenda de Daniel Dantas


O Sindicato dos Trabalhadores de Marabá, Comissão Pastoral e Federação dos Trabalhadores na Agricultura denunciaram, em nota, suposto crime ambiental ocorrido dentro da fazenda Itacaiúnas. Abaixo o conteúdo do documento.
           
A partir dedenúncia feita pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Marabá, a Secretariade Meio Ambiente do município de Marabá, flagrou a derrubada ilegal de castanheiras na Fazenda Itacaiunas, de propriedade da AgropecuáriaSanta Bárbara, do banqueiro Daniel Dantas.
As árvores de castanha do Pará, espécie protegida por lei, estavam sendo derrubadas e serradas no local e transportadas em caminhões gaiola, usadas para o transporte de gado.
Outra parte era transportada de barco pelo Rio Vermelho que margeia a propriedade. As castanheiras estavam sendo derrubadas em uma imensa área dedesmatamento recente, à época denunciado ao IBAMA.
A Fazenda Itacaiunas, possui área de quase 10 mil hectares, foi vistoriada pelo INCRA, declarada improdutiva e decretada pela Presidência da República para desapropriação.
O INCRA ingressou com uma ação de desapropriação na Justiça Federal de Marabá, mas, o processo está na mesa da Juíza Federal Nair Cristina Pimenta há mais de 3 meses aguardando a imissão de posse.
O INCRA avaliou o imóvel em 23 milhões de reais, mas, opassivo ambiental devido aos vários desmatamentos ilegais feitos no imóvel ficou em 16 milhões. O Grupo Santa Bárbara ingressou com recurso perante a mesma juíza da justiça federal de Marabá, tentando impedir a imissão de posse do INCRA no imóvel. Os dois processos estão na mesa da juíza Nair Cristina.
Inconformados com a morosidade da Justiça Federal e com o escândalo dos crimes ambientais praticados no imóvel,cerca de 200 trabalhadores rurais sem terra, ligados ao STR de Marabá e à FETAGRI, ocuparam a entrada da fazenda. Os trabalhadores fazem parte de um acampamento de famílias sem terra da FETAGRI que já estão há 4 anos na divisa da fazenda aguardando a desapropriação.
A decisão dos trabalhadores é de permanecer acampados na entrada principal da fazenda até que a Juíza federal decida sobre o processo de imissão do INCRA na posse do imóvel e a secretariade meio ambiente e o IBAMA anunciem as sanções contra o grupo Santa Bárbara pelos crimes ambientais.

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