quinta-feira, 31 de julho de 2014

Caso Machado: acusados devem ser ouvidos hoje


Wagner Vieira Matos, 24, e o amigo dele, Rodrigo Carvalho da Silva, 21, ambos acusados de ter matado o advogados George Antonio Machado, devem ser ouvidos na manhã desta quinta-feira (31) na Comarca de Marabá, diante do juiz Marcelo Andrei Simão Santos, titular da 5ª Vara Penal de Marabá onde o processo tramita.

Machado, como era conhecido, foi morto a tiros no dia 3 de abril deste ano durante um suposto assalto que aconteceu em um bar onde se vendia espetinho na Folha 10, Nova Marabá.

Outras três testemunhas de acusação também devem ser ouvidas. Esta é a segunda oitiva deste caso. No dia 15 de julho outras testemunhas não hesitaram em reconhecer os dois acusados.

Tais testemunhas são funcionários do Espetinho onde aconteceu o crime, bem como um cliente, que forneceram detalhes a respeito dos dois acusados, inclusive com características físicas, bem como de uma moto que teria sido usada pelos dois matadores.

Nunca é demais lembrar, que durante a fase de inquérito policial, eles negaram o crime. Durante a oitiva com o juiz será a oportunidade que ambos terão para se defenderem e apresentarem argumentos convincentes que indiquem a inocência deles.

Outros – Na época do crime a polícia identificou a participação de outras duas pessoas, uma seria a dona de casa Paloma Morais Farias, esposa do acusado Rodrigo Carvalho da Silva, este apontado pelas testemunhas como sendo o autor dos disparos que mataram o advogado e o armeiro Raimundo Mariano da Silva, o “Almirante”.

A mulher teria levado um revolver calibre 38 para o armeiro fazer algumas modificações. A arma, segundo a investigação policial conduzida à época pelos delegados Dauriedson Bentes e Ricardo do Rosário, teria sido usava para matar o advogado.

Esta arma teria sido modificada para, segundo os delegados, numa eventual perícia, os projéteis retirados do corpo do advogado não fossem compatíveis com a arma, ou seja, “pretendiam criar um álibi perfeito”, conforme lembrou o delegado Bentes.

Este crime ganhou grande repercussão em Marabá, inclusive aconteceu num momento em que acontecia um encontro de advogados na cidade, tanto que a cúpula da Segurança Pública determinou a vinda de equipes da divisão de Homicídio e do Núcleo de Inteligência da Polícia (NIP).

Além dos dois acusados, o juiz Marcelo Andrei deve ouvir outras três testemunhas de acusação, que devem trazer fatos novos, ou reforçar depoimentos anteriores, no que pode complicar ainda mais a situação dos acusados.

Entre as provas que devem ser apresentadas contra os acusados deve ser apresentado o exame de balística que aparentemente apontou como sendo o revólver calibre 38, apreendido com o Rodrigo da Silva que teria sido usado no crime.

O advogado foi morto durante um assalto suspeito, contudo não ficou confirmado se os dois acusados foram ou não contratados para matar o advogado, ou se por outro motivo ele foi morto. De certo é que este crime causou um grande rebuliço na cidade e a Polícia Civil agiu rápido tanto que prendeu os dois acusados que teriam participado indiretamente.

Concluída a fase de oitivas, o processo segue para as alegações finais e caso os dois acusados sejam pronunciados, ainda este ano, podem sentar nos banco dos réus onde devem ser julgados por homicídio qualificado por meio de emboscadas, já que mataram o advogado em um beco onde ele não teve a menor chance de se defender.

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