quinta-feira, 31 de julho de 2014

Parentes acreditam na inocência de viúva




Parentes da dona de casa, Adriana Carneiro Queiroz, 38, acreditam na inocência dela, que é acusada de ser a mandante da morte do marido, o cabo da Polícia Militar, José Fernando Araújo Queiroz, 50, assassinado a tiros no dia 17 de julho quando chegava em casa, na cidade de Redenção, sul do Pará.
Tia e sobrinha pediram para não ter nos nomes revelados. 

Elas levantam a possibilidade de o militar ter sido morto por assaltantes. Arrombadores invadiram a casa do militar no dia 6 de julho. A casa estava vazia, pois todos estavam em uma churrascaria de Redenção.

Ainda segundo a versão das parentes, quando retornaram, flagraram os arrombadores dentro do imóvel, sendo que um dos arrombadores apontou uma pistola na direção o cabo Queiroz, mas a arma teria falhado.

Este assaltante estaria com o rosto descoberto e, provavelmente, cabo Queiroz o teria reconhecido. Da casa, os assaltantes levaram aproximadamente R$ 1,6 mil, alguns outros objetos de valor, além de uma pistola que seria do cabo Queiroz.

Dias após este roubo, todos se mudaram da casa e locaram uma quitinete, tendo em vista que o Cabo Queiroz estava convalescendo de um princípio de AVC, que sofrera no dia 12 de junho a quando do jogo da Seleção Brasileira contra a Croácia e também por conta do assalto.

Praticamente todos os móveis foram retirados da casa e levados para a quitinete, contudo, cães que o militar criava continuaram na casa. Queiroz foi morto quando foi até a casa para alimentar os animais, à noite.
A quando do crime, a viúva estava com o marido e permaneceu dentro do carro da família e viu quando um motoqueiro, numa moto preta, chegou e efetuou um disparo na vítima.

Quanto a uma informação dando conta de que eventualmente a mulher mantinha relações extraconjugais, parentes negam, bem como descartam qualquer possibilidade de a mulher ter contratado um pistoleiro para matar o marido.

“Ela não tinha motivos para mandar matar o marido com o qual era casado há mais de 23 anos, tinha uma filha de 19 anos, era ela quem administrava o dinheiro do marido, pois ficava com o cartão e tomava conta de tudo”, contam dizendo que Adriana Queiroz era tida com a ‘xerife’ da casa e mandava em tudo.

Tal comportamento da mulher desagradava os colegas de farda do cabo Queiroz, que inclusive manifestavam tal descontentamento em diversas ocasiões em que tiveram na casa do militar. 

As duas parentes acreditam que, de fato, o militar pode ter sido morto pelo assaltante que foi reconhecido pelo cabo e que a Polícia de Redenção, caso quisesse, teria condições de identificá-los e prendê-los.

Independentemente da versão das parentes, a viúva, até o fechamento desta matéria, permanecia presa em um presídio feminino de Redenção, já que o juiz  de Redenção, Haroldo Silva da Fonseca, decretou a prisão temporária dela.

O caso tramita em segredo de Justiça, mas uma fonte segura informou que o delegado Antonio Gomes de Miranda Neto, pretende pedir a prisão preventiva da acusada, por entender que há vários indícios que apontam a acusada como sendo a mandante deste crime.

O assassinato do militar ganhou grande repercussão e há um sentimento de revolta em Redenção, sobretudo de militares colegas do cabo Queiroz. Por conta disto, parentes da acusada tiveram dificuldades em contratar advogados do município e acabaram migrando para Marabá, onde contrataram os advogados Wandergleisson Fernandes e Arnaldo Ramos para acompanhar o caso.

Os dois advogados informaram que seria prematuro repassar maiores informações a respeito do caso, tendo em vista que ainda não tiveram acesso a todas as peças do inquérito. 


Amante - Uma das linhas de investigação da Policia neste caso é que a viúva teria um amante e teria ordenado a morte do cabo para se apropriar de uma eventual pensão. "Isto não procede, pois era ela quem administrava o dinheiro dele há muito tempo, então não tinha porque mandar matar o marido", argumentam as mulheres.

Quanto ao fato de as malas do casal estarem prontas, no dia do crime, as duas parentes têm outra justificativa. O casal estava com data marcada para viajar até Belém, o que seria no dia 7 de julho, ocasião em que ambos iriam passar por tratamento médico.

O cabo Queiroz convalescia de um AVC, enquanto a Adriana iria fazer uma série de exames. "O curioso é que querem condenar a minha irmã a todo custo, sem ao menos lhe darem chance de defesa. Pra se ter uma idéia, nós, sequer fomos ouvidos pela Polícia para darmos a nossa versão", concluem.


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