terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Polícia fecha oficina clandestina de armas

Oficina de armas funcionava há décadas na avenida São Francisco






Edinaldo Sousa - Foi preciso trocar de superintendente para que uma antiga oficina de um armeiro fosse lacrada. O imóvel foi fechado na manhã desta segunda-feira (24) durante operação policial comandada pelo delegado Alberto Henrique Teixeira de Barros.
Quatro pessoas foram presas, dentre elas o armeiro Boaventura Lima 68 anos, o filho dele, Paulo Sérgio dos Santos Lima, um genro José Wilson Casais e um cliente, Antonio Alves Galvão.
Os três parentes foram autuados por posse ilegal de armas com base no artigo 17 do Estatuto do Desarmamento, enquanto o cliente foi autuado com base no artigo 12 da mesma lei.
Na oficina, que funciona na avenida São Francisco, 2.456, Cidade Nova, os policiais recolheram diversas armas, sendo a maioria espingardas e alguns revólveres cujos donos tinham deixado para consertar.
Vale lembrar que Boaventura Lima há pelo menos três décadas mora em Marabá, e durante todo esse tempo trabalhou como armeiro, que aliás é a única profissão que lhe permitiu criar os filhos e manter a família com o mínimo de dignidade.
Durante todo esse tempo ele disse ter conhecimento que se trata de uma atividade ilegal, porém não tem condições de legalizar a oficina para que possa receber armas com registro e o respectivo porte.
Por sua vez o delegado Alberto Teixeira reconheceu que o idoso é pessoa trabalhadora, porém lembrou que a atividade é ilegal, portanto a oficina foi lacrada e as pessoas conduzidas até a 21ª Seccional Urbana da Nova Marabá.
“Sabemos que ele é trabalhador, mas é uma atividade ilegal e na nossa administração vamos coibir, essas e outras atividades, pois sabemos que nestas oficinas a maioria das armas é ilegal”, afirma.
Por fim o delegado acredita que muitos crimes podem ser evitados se estes estabelecimentos fossem fechados. “Muitas destas armas podem ter sido usadas em crime e vamos levantar tais situações”, comenta.
Por sua vez, o armeiro Boaventura Lima disse que todas as armas são de colonos que lhe procuram para consertá-las e que já faz isso há anos, inclusive arrumou armas de policiais civis e militares e geralmente não cobra por tais serviços. “Faço pra eles na camaradagem”, argumenta.
Depois de ver a oficina lacrada o idoso diz que não terá mais condições de continuar na profissão, pois pode ser novamente autuado, porém lembrou que a minguada aposentadoria não dá para se manter e tinha na oficina uma excelente fonte de renda.





Crama está se transformando em ponto ideal para traficar


Agentes prisionais encontram droga no Crama




Revista “pente fino” aconteceu em praticamente todas as celas do regime fechado do Centro de Recuperação Agrícola Mariano Antunes (Crama), em Marabá, na última segunda-feira (14), na apreensão de drogas, armas e celulares.
As buscas começaram logo pela manhã e contou com a minuciosa inspeção do novo diretor desta casa penal o capital da Polícia Militar Emmet Alexandre da Silva.
Segundo o militar é intenção desta nova direção realizar buscas periódicas a fim de se evitar o que estava acontecendo sistematicamente nesta casa penal: o tráfico de drogas. (Ver Box)
Nesta revista os agentes, que contaram com o apoio do Grupo Tático Operacional (GTO) recolheram 185 trouxas de merla, 2 trouxas de maconhas, 2 pedras de crack, 1 cachimbo, 11 celulares, 8 carregadores, 1 terçado, 4 estoques e 2 facas.
“Esta é uma, de uma série de revistas que pretendemos realizar, até porque temos informações que entram vários objetos ilícitos para a cadeia e pretendemos coibir”, afiança Emmet da Silva.
O militar comentou ainda que as pessoas, quando apanhadas transportando, ou tentando entrar com droga dentro do Crama devem ser autuadas por tráfico de drogas.
Exemplo recente foi o caso da dona de casa, Lucigleide Moura dos Santos, presa na manhã do dia 16 de janeiro quando tentava entrar com droga dentro da vagina.
A droga seria entregue para o detento conhecido por Sherek, que seria namorado dela. Agora ambos estão juntinhos, já que a mulher foi transferida para a Ala Feminina do Crama.
No caso de a direção encontrar novos objetos ilícitos nas celas a intenção é tentar identificar para autuar os acusados nos respectivos crimes.
“Antes não acontecia nada, agora quando identificados os detentos devem responder a outros crimes”, comentou Emmet da Silva.
A rigor, encontrar drogas e celulares não é nenhuma novidade nas casas penais do Brasil, ocorre que no Crama esses achados são constantes.
Semana passada numa revista no Centro de Recuperação de Marabá foram localizadas mais de trezentas petecas de crack e 22 celulares, além de estoques.


Saídas para ressocializar detentos




Mas a intenção da nova direção do Crama não é unicamente punir os detentos, mas buscar alternativas para que eles se ressocializem.
Para tanto, Emmet da Silva disse que está fazendo alguns contatos a fim de montar uma malharia para que as detentas tenham uma ocupação e até mesmo uma fonte de renda e quando saírem do cárcere possam procurar emprego no mercado.
Para os detentos, o diretor disse que pretende reativar a marcenaria, pois a oficina está parada porque falta matéria prima, a madeira.
“Vamos bater na porta dos órgãos, como o Ibama e Semma, a fim de tentarmos encontrar apoio e desenvolver estes e outros projetos, pois sabidamente quando o detento não tem ocupação é mais fácil para ele, quando sair, voltar a cometer crimes”, observa.
Nunca é demais lembrar que a ressocialização de um detento é um processo longo e depende, sobretudo do empenho dele.
Iniciativas como esta do capitão Emmet, geralmente esbarram na burocracia e no pouco caso que a sociedade dá à questão, pois é mais fácil prender e esquecer que àquele, ou àquela têm possibilidade de mudar, caso haja uma oportunidade. (E.S.)



Como funciona o tráfico na cadeia



Nunca foi tão fácil traficar no Crama. Essa máxima pode ser bem aplicada em face do que está acontecendo nesta casa penal.
O tráfico corre solto. Em cada um dos corredores há um detento que fica fazendo as vezes de “leva e trás” e é chamado de “aviãozinho” é esta pessoa a responsável por entregar e receber o dinheiro da droga.
Fonte segura informou que ele recebe o pedido, vai até o traficante, que por sua vez entrega a droga e este vai até a cela do cliente e retorna com o dinheiro. Caso o usuário dê dinheiro a mais lhe é devolvido o troco.
Neste esquema há a vantagem de o traficante literalmente conhecer quem é o comprador, portanto exerce certa influência, pois sabe que não será entregue aos agentes.
É este esquema a nova direção do Crama pretende quebrar com as constantes revistas. “Vamos intensificar esse trabalho”, comenta Emmet da Silva. (E.S.)


Marlone tenta matar desafeto na cadeia



Por muito pouco a crônica policial de Marabá não registra, semana passada a morte do acusado de ser homicida, Amaury Alves de Oliveira Júnior, 22, morador da folha 12, Quadra 9, Lote 1 Nova Marabá, preso no início desse ano.
Na semana passada o acusado de ser traficante e homicida José Vilarins Neto, o Marlone, 18 anos, cerrou uma barra de ferro da cela dele e partiu para a cela onde Amaury Júnior estava e só não o matou por conta da intervenção de agentes prisionais.
Ambos cumprem pena no Centro de Recuperação de Marabá (CRM). Marlone assim que ficou sabendo da prisão do desafeto teria dito a colegas de cela que acertaria as contas com ele.
A rixa, segundo o que a reportagem apurou, seria porque Amaury Júnior teria tentado matar a mulher de Marlone, fato ocorrido ano passado.
Marlone, por diversas vezes tentou acertar as contas com o desafeto quando estava solto, porém não conseguiu. Ressabiado, Amaury Júnior, que morava na Marabá Pioneira, se mudou para a Folha 12, Nova Marabá, mas por força do destino foi parar exatamente onde Marlone está preso.
Mas esse não é o único desafeto do Marlone. No mesmo CRM está o Eduardo Oliveira Machado, o Tiaguinho, preso em dezembro do ano passado no bairro Santa Rosa.
Desde que estes dois últimos eram menores que se engalfinham. A Polícia acredita que ambos tenham diferenças envolvendo o tráfico de drogas.
A fim de tentar evitar o confronto entre os três a delegada Bruna Paolucci requisitou ao Núcleo de Apoio Penitenciário (NAP) a transferência do Marlone para algum presídio da capital. “Senão eles se matam”, justifica. (E.S.)



Homicida confessa crime



Policiais civis e da Rotam, prenderam na manhã da última sexta-feira, em Marabá, o homicida, Walacy Barroso de Oliveira 21 anos, que estava tranquilamente na casa dele, na travessa 15 de novembro 278, Marabá Pioneira.
Ele é réu confesso da morte do ajudante de pedreiro Everaldo Dias Nunes, morto com três tiros na noite do último domingo (16), quando circulava numa bicicleta na rua 27 de março, bairro Francisco Coelho, o popular Cabelo Seco, Marabá Pioneira.
Para a imprensa o acusado contou que matou por conta de uma rixa antiga envolvendo moradores da avenida Barão do Rio Branco com o bairro Cabelo Seco.
“A família diz que ele era trabalhador, mas na verdade era ladrão e trocou tiros conosco”, afirma o acusado, que em princípio se negou em conversar com a imprensa, mas quando chegou na 21ª Seccional Urbana da Nova Marabá aceitou conversar tranquilamente.
Repetidas vezes disse que matou Everaldo Nunes porque este tinha lhe atirado em outra ocasião. “Ele era ladrão e atirou em mim outro dia”, reafirma.
As irmãs da vítima, Elisângela e Elissandra acompanharam a prisão do acusado e novamente defenderam o irmão. “O nosso irmão era trabalhador e ele matou de mal que é, pois o Everaldo não fazia mal pra ninguém”, reiteraram.
Com o acusado os policiais localizaram uma arma de fogo calibre 38 com a qual disse ter matado Everaldo Nunes. O revólver estava municiado com seis projéteis.
Os policiais comandados pelos delegados Alberto Henrique Teixeira de Barros e Victor Costa Lima Leal, disseram que o acusado tentou apanhar a arma, caso fizesse poderia ter sido alvejado.
Naquela mesma manhã os policiais fizeram uma batida nas ruas São Pedro e Pará, no bairro Santa Rosa e acabaram sendo recepcionados a tiros pelo acusado de ser traficante José Rogerlândio Moreira, que acabou morto a tiros durante a refrega.
“Vamos recrudescer o combate ao tráfico de drogas, assim como prender os homicidas, não pensem que vão cometer os crimes e continuarem impunes”, adianta Alberto Teixeira, mandando um recado claro aos homicidas e traficantes que agem na cidade. (E.S.)


Executado no bairro Coca-cola



Dentre as sete pessoas necropsiadas neste final de semana no Instituto Médico Legal (IML) consta o corpo do acusado de ser assaltante, Jhonatan Ferreira de Sousa 19 anos, morto a tiros no bairro Nossa Senhora Aparecida, conhecido por invasão da Coca-Cola, Nova Marabá.
O crime aconteceu por volta de meia noite e meia, na rua Araguaia. O matador ficou protegido pela penumbra, pois apesar desta rua ser uma das principais do bairro, nenhum morador foi capaz de identificar o matador.
Neste crime, como sempre há mais de uma versão, o que confunde a investigação. Uma delas aponta para a possibilidade de o matador estar sozinho na rua e ter caminhado pela rua até encontrar e matar a vítima.
A outra versão sinaliza para a possibilidade de duas pessoas numa moto ter cometido esse crime, a exemplo de muitos outros que acontecem da mesma maneira.
A terceira hipótese seria que o matador estava tendo o apoio de um carro e após ter efetuado os disparos fugir neste carro.
À Polícia resta o desafio de tentar descobrir quem foi o autor e por quais motivos, Jhonatan de Souza foi morto.
Pelo menos por enquanto, uma certeza os policiais têm: a vítima era acostumada a cometer pequenos roubos naquele bairro.
Compareceram no palco do crime, três pessoas que disseram ter sido vítima do falecido, que por sinal morava no bairro Quilômetro Sete e tinha ido morar na Coca-cola há poucos dias antes de ser detonado a tiros. (E.S.)



Corpos sepultados como indigentes




Técnicos do Instituto Médico Legal de Marabá (IML) realizaram sepultamento coletivo na tarde de ontem de três pessoas que foram mortas entre o final do ano passado.
Pelo menos uma das vítimas estava com identificação. Trata-se de Rubens Augusto Pereira 48 anos. Ele foi morto em Piçarra, vítima de espancamento e o corpo deu entrada no Dia de Natal.
Naquele mesmo dia outro corpo deu entrada. Essa pessoa foi assassinada a golpes de arma banca no município de Itupiranga, vila Cruzeiro do Sul.
Deste mesmo município deu entrada o corpo de um homem, que aparentemente foi vítima de morte natural, fato ocorrido no dia 26 de dezembro.
Na Câmara Fria do IML ainda restam dois corpos. Uma das vítimas morreu a golpes de pauladas, no dia 11 de janeiro em Bom Jesus do Tocantins.
A outra pessoa morreu neste domingo em Eldorado do Carajás e teria sido vítima de acidente de trânsito.
Vale lembrar que caso não haja nenhum parente para reclamar estes dois corpos também devem ser sepultados como indigentes, uma vez que a capacidade de armazenamento da Câmara Fria do IML é para apenas três corpos. (E.S.)

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