terça-feira, 21 de maio de 2013

Santa Bárbara nega grilagem



Rodrigo Otávio: "Não existe grilagem nas terras da Santa Bárbara"

Cristiane Ribeiro: "Documentos atestam, terras são legais"
Gado leiteiro pode ajudar no fortalecimento da cadeia do leite





Após veiculação de uma nota emitida pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), onde supostamente a Agropecuária Santa Bárbara (Agrosb) detinha terras públicas no Pará o diretor estatutário da empresa, Rodrigo Otávio de Paula esteve em Marabá nesta quinta-feira (16) e negou qualquer tipo de grilagem, ou atos ilícitos por parte da empresa e anunciou investimentos.
Pelo contrario, citou que a empresa buscou os arquivos e documentos que desmentem categoricamente esta denúncia da CPT. “Tivemos o cuidado de levantar todas as informações das propriedades, pois a nossa intenção é montar um dos maiores empreendimentos de criação de gado a pasto do planeta, portanto não tinha sentido comprar terras ilegais”, salienta.
Contou ainda que a Agrosb foi instalada no Pará em setembro de 2005, a Agrosb detém pelo menos 450 mil hectares de terras, entre mata e pasto, e aproximadamente 380 mil animais atualmente e amplia os investimentos gradativamente em várias frentes do agronegócio. Atualmente o foco está voltado para a produção de leite como maneira de fortalecer a cadeia de produção de derivados de leite.

Para Rodrigo Otávio de Paula, a denúncia da CPT não tem fundamento algum e serve para incitar a violência e consequentemente ocupações rurais nas propriedades da empresa.
“Com esse tipo de informação, os menos desavisados, os prováveis clientes da reforma agrária invadem as propriedades como acontece atualmente”, relata.
“Estamos em fase de contratação de funcionários. Atualmente contamos com pelo menos dois mil colaboradores diretos, produzimos proteína, soja, milho e leite, então esse tipo de informação provoca conflito, pois pode haver ocupações às nossas propriedades”, relata.
A advogada Cristiane Ribeiro reforçou dizendo que a denúncia não tem sentido algum e que todos os documentos das propriedades foram apresentados na Justiça.

“Todos os documentos das propriedades foram periciados e não há ilegalidade, há laudos do Incra que atestam a legalidade dos títulos”, afirma dizendo que toda a “cadeia dominial foi levantada e provamos na Justiça que as propriedades estão legalizadas”, reforça.
“Não conheço o estudo deles, conheço os nossos documentos, títulos expedidos por vários órgãos com a cadeia dominial e, portanto, legais”, acrescenta.
Diante desta denúncia da CPT a Agrosb ficou de analisar qual a medida judicial que deve adotar a fim de responsabilizar a entidade.
“Leite social” anunciado em Marabá

Neste final de semana Agropecuária Santa Bárbara anunciou uma parceria com os municípios de Marabá e Curionópolis onde pretende implantar o projeto “Leite Social”.
Em síntese o projeto visa fomentar a cadeia do leite, onde os colonos terão acesso a matrizes leiteira de alta performance da raça girolando, motos para o transporte do leite e a garantia de compra por laticínios a um preço justo.
Para Rodrigo de Paula, o projeto deve incrementar a economia local, uma vez que cada colono deve faturar pelo menos R$ 1,5 mil por mês de lucro com o leite.
A empresa produz matrizes leiteiras, da raça girolando, que em boas condições de sanidade e alimentação, uma vaca pode produzir até 30 quilos de leite por dia. Ele lembrou, porém que o colono, ou produtor rural, caso aderir ao projeto não necessariamente compre matrizes da Agrosb. “Podem comprar de outros produtores, não tem problema”, salienta Rodrigo de Paula.

Informou ainda que toda a assistência técnica deve ser prestada ao colono, ou pequeno produtor rural deve ser prestada nesta parceria com as prefeituras.
“Apesar de todas as pressões, não desistimos do Estado do Pará pretendemos investir cada vez mais para gerar emprego, renda e divisas ao país”, conclui Rodrigo Otávio.
Para o executivo, outros projetos devem ser implantados no Pará. Ele fez questão de informar que toda a produção é feita com base em critérios técnicos e com respeito ao meio ambiente.

Agrosb pede ajuda ao bispo

Diante da denúncia feita pela CPT o executivo da Agrosb, Rodrigo Otávio de Paula e as advogadas Brenda Santis e Cristiane Ribeiro estiveram em reunião com o Bispo Diocesano de Marabá Dom Vital Corbellini.
Basicamente o encontro serviu para que o religioso tomasse conhecimento dos investimentos que a Agrosb está realizando no Pará e que a denúncia da CPT coloca em xeque este trabalho e pode emperrar os investimentos.
“Acreditamos que o Bispo irá nos ajudar, ele deve estar mal assessorado, pois a nossa intenção é boa, pretendemos ajudar, fomentar a economia da região”, atesta dizendo que o encontro foi bastante produtivo.

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