terça-feira, 9 de novembro de 2010

Caçadores presos armados e com um tatu morto

Prática comum em Marabá caçadores atacarem as matas da Fundação Zoobotância do Município, uma das últimas "ilhas" da mata virgem na região




Edinaldo Sousa - Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) prenderam neste final de semana dois caçadores que circulavam as proximidades da rodovia Transamazônica.
Com os dois acusados, Ailton Francisco Pereira e Francisco de Assis Rodrigues, os policiais localizaram duas armas de fogo e um tatu morto.
Os dois foram autuados por porte ilegal de armas, segundo informou o delegado Victor Costa Lima Leal.
Eles transportavam o animal em um saco, assim como as duas espingardas calibre 20, 22 e um rifle calibre 22.
Eles não disseram onde mataram o animal, mas a Polícia acredita ter sido da Fundação Zoobotânica de Marabá, área de pouco mais de cem hectares e que devido a proximidade com o centro urbano é sistematicamente atacada por caçadores.
Praticamente todos os finais de semana, segundo fonte segura, os caçadores invadem a área para matar animais silvestres, cujo crime é previsto pela lei 9.605 de 12 de fevereiro de 1998.
Operação – Não é de hoje que esta área é atacada por caçadores. Em maio do ano passado foram presos Jesuino Pereira Costa e Valdivino Costa Melo.
Em agosto do ano passado, o Ibama montou uma mega operação e apreendeu diversos objetos e prendeu 24 pessoas, entre caçadores, coletores ilegais de sementes e transportadores de carvão vegetal ilegal.
Vale lembrar estes animais mortos pelos caçadores são vendidos em feiras e restaurantes populares de Marabá. Na Folha 33, por exemplo, não é difícil localizar restaurante popular que serve como prato do dia, animal silvestre, assim como nas feiras é muito comum a venda de pacas e tatus, que são oferecidos como iguarias típicas da região, mas que não verdade a matança de animais é crime e tanto quem vende para quem compra podem ser penalizados, caso sejam presos.

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