Estudantes e comunidade em geral do sudeste do Pará agora terão acesso a imagens raras e informações sobre a maior águia brasileira, habitante nobre da região a Harpia, que empresta o nome ao livro.
O lançamento do livro aconteceu em Marabá na noite de ontem (12) no auditório da Universidade Federal do Pará, campus da Folha, Nova Marabá, ocasião em que foram doados livros para instituições públicas do município. No dia 4, o livro foi apresentado em Parauapebas e, no dia 9, em Canaã dos Carajás.
O livro traz 144 páginas com fotos inéditas da ave em seu habitat natural, como a fêmea levando a caça para o ninho e os filhotes aprendendo a levantar voo.
As imagens foram captadas pelo fotógrafo João Marcos Rosa e é resultado do trabalho de um grupo de pesquisadores que, durante oito meses, monitorou dois ninhos da ave encontrados no início de 2009 na Floresta Nacional de Carajás, em Parauapebas, sudeste do Pará.
Além de imortalizar a harpia, a obra registra parceria da Vale com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) para manter vivo o gavião-real, como também é conhecida a ave.
Indo além dos limites da floresta de Carajás, o livro mostra a presença do gavião-real em outras partes do Brasil e na Venezuela, e alerta o leitor como a ação humana pode contribuir tanto para a conservação quanto para a extinção da espécie. "Espero que ao conhecer melhor esta ave o leitor seja sensibilizado também para a importância de se preservar outros animais que pedem socorro", comenta João Rosa.
Os textos são do ambientalista Frederico Martins, chefe da Floresta Nacional de Carajás; Tânia Sanaiotti, pesquisadora do Inpa e Roberto Azeredo, pesquisador e presidente da Sociedade de Pesquisa do Manejo e da Reprodução da Fauna Silvestre (CRAX Brasil).
Os dois ninhos foram construídos a mais de 30 metros de altura, em galhos densos de uma castanheira. Para captar as imagens, João Marcos Rosa teve que passar dias inteiros numa plataforma.
Para esta missão ele contou com a assistência de um escalador profissional, que utilizava cordas para possibilitar sua chegada e permanência no topo da árvore. Durante esse período, o fotógrafo precisava ficar camuflado, para que a mãe não percebesse que estava sendo observada e, consequentemente, ameaçada.
O Programa de Conservação do Gavião-real nasceu com a descoberta do primeiro ninho, no início do ano passado, na Floresta de Carajás. A Vale financiou as pesquisas e a produção do livro, o ICMBio deu o apoio para a Flona se tornar um importante núcleo de estudo da espécie e o Inpa coordenou as atividades de pesquisa. "O monitoramento é importante para conseguirmos informações que nos permitam desenvolver tecnologias para ajudar na preservação desse animal", explica Frederico Martins, do ICMBio. (Ascom Vale)
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário