terça-feira, 24 de abril de 2012

Fuga foi premeditada, diz delegado

Roberto Ferreira Lima, perigoso assaltante de banco
Marcelo Gomes da Silva, traficante


Flávio França da Silva, arrombador


O delegado superintendente regional, Alberto Henrique Teixeira de Barros acredita que a fuga dos três detentos Roberto Ferreira Lima Júnior (assaltante de banco) Flávio França da Silva (arrombador) e Marcelo Maciel Gomes da Silva (traficante) foi premedita.

Os três detentos fugiram na noite de sábado, quando retornavam do Hospital Municipal de Marabá (HMM). A fuga aconteceu quando os detentos estão à altura do quilômetro 14, na BR-230 em direção ao Centro de Recuperação Agrícola Mariano Antunes (Crama).

De sua parte, Alberto Teixeira contou que o detento Roberto Ferreira Lima Júnior apontou uma arma de fogo e rendeu os três agentes e em seguida fugiram.

Alberto Teixeira investigou as circunstâncias da fuga e não tem dúvida, que os quatro agentes têm envolvimento, direto, ou indireto, tanto que determinou que um flagrante fosse por facilitação de fuga.

Protocolos – Alberto Teixeira em entrevista ao rádio repórter Elvan do Vale, detalhou uma série de protocolos de segurança que devem ser seguidos a fim de evitar fugas.

Pontualmente, ele citou que em momento algum os detentos devem ir dentro da viatura, junto com os agentes prisionais e sim na carceragem da viatura.

Outro ponto, narra o delegado, os detentos saíram do Crama, por volta das 17h30 sem a escolta policial. “Jamais deveriam sair sem a escolta policial”, afirma.

Quando os detentos estivessem sendo atendidos no HMM cada um dos agentes prisionais deveria acompanhar o preso, o que não teria ocorrido.

Por fim o delegado questiona como uma arma de fogo foi introduzida dentro da viatura, assim como uma chave de algemas. Foi com essa arma que Roberto Júnior rendeu os agentes e realizou a fuga.

Alberto Teixeira informou que os agentes prisionais disseram ter recebido ordens do vice-diretor do Crama, José do Espírito Santo Barbosa para realizarem a condução dos presos até o HMM.

Fugiram os detentos: Roberto Ferreira Lima Júnior, Flavio França da Silva e Marcelo Maciel Gomes da Silva.

Por conta dessa fuga os agentes prisionais foram presos em flagrante: Roberto Claudio Leão Caldas, Jocimar Pereira da Silva, Cleiton Nunes do Nascimento além do sargento da Polícia Militar e vice-diretor do Crama, José do Espírito Santo Barbosa.

Todos foram autuados em flagrante, sendo que a juíza Daniele Karen homologou o flagrante e arbitrou fiança no valor de cinco salários para cada um deles e devem responder ao processo em liberdade.
 

Vice-diretor estava de folga quando ajudou agentes


O sargento da Polícia Militar, José do Espírito Santo Barbosa informou que estava de folga jogando futebol no quartel da Polícia Militar na tarde de sábado e quando terminou verificou que havia oito ligações do inspetor Ronaldo que lhe pediu apoio para escoltar três detentos que estavam sendo atendidos no Hospital Municipal de Marabá (HMM).

“Fui até lá, verifiquei que os presos tinham sido medicados e o enfermeiro Gean me informou que o detento Roberto tinha tomado medicamentos fortes e estaria ‘grog’, portanto autorizei que fosse algemado pé e mão e fora da carceragem da viatura, pois poderia passar mal dentro do carro”,comenta.

Ainda de acordo com Barbosa, assim que colocou os três detentos na viatura foi embora, sendo que a fuga lhe foi relatada pelos agentes, que informaram ter sido rendidos pelo detento Roberto.

Por fim, informou Barbosa, a escolta não era de sua responsabilidade e foi até o HMM com o intuito de colaborar já que não estava de serviço naquele dia.

Quanto a prisão dele, acredita ter sido por conta da patente militar. “Infelizmente prender policial dá mais ibope do que prender bandido, pois relatei tudo o que falei na imprensa ao delegado (Alberto Teixeira), não tenho nenhuma responsabilidade nessa fuga, pois não iria jogar a minha carreira de 22 anos de Polícia no lixo”, conclui.
 

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