Delegado Álvaro Ikeda conduz documentos apreendidos |
Pela segunda vez em uma semana, Polícia vasculha Sefin |
Aurenice Botelho: "Ação foi desnecessária" |
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O Ministério Público
Estadual (MPE) deflagrou na manhã desta terça-feira (26) a operação “Fio de
ouro” e que investiga um contrato entre a empresa Dirceu Herênio Pedras (Norte
Cosméticos) e a Prefeitura.
A empresa, ano passado,
recebeu pelo menos R$ 2 milhões para ministrar cursos nas áreas de manicure,
pedicure, cabeleireiro, cosméticos, maquiagem, entre outros.
Este ano, a mesma empresa
ganhou duas licitações em cerca de R$ 4,5 milhões para prestar novos cursos.
Os cursos são contratatos
por intermédio da Secretaria de Assuntos Comunitários, cuja titular é Lúcia
Mendes, que também é responsável em analisar e liberar pagamentos da
Prefeitura.
Agentes do Grupo de
Pronto Emprego (GPE) e Núcleo de Apoio à Investigação (NAI) cumpriram o mandado
de busca e apreensão na Secretaria de Finanças de Marabá. A ordem foi expedida
pelo juiz titular da 4ª Vara Penal de Marabá, Emerson Benjamin Pereira
Carvalho.
Os documentos devem ser
analisados e periciados para comparar os pagamentos com as respectivas datas
dos supostos cursos ministrados pela empresa.
Em
princípio, segundo fonte segura, pode ter havido pagamentos indevidos por conta
dos cursos. Pra se ter uma ideia, na administração passada, tais cursos
custavam cerca de R$ 5 mil, e atualmente estão orçados em R$ 19 mil em cada um
deles.
A investigação
foi aberta por orientação do promotor Ramon Furtado. O caso tramita em segredo
de justiça e há indícios de beneficiamento à empresa Norte Cosméticos, bem como
superfaturamento na contratação de tais cursos.
A
procuradora do município, Aurenice Botelho, na manhã desta quinta-feira (26)
informou que a operação é desnecessária, pois caso tivesse sido procurada
apresentaria os documentos à Polícia.
Na
verdade o uso da força foi desnecessária, pois se tivéssemos sidos procurados,
com certeza temos interesse em colaborar com a Justiça”, comenta.
A
busca foi coordenada pelos delegados Álvaro Beltrão Ikeda, Lúcio Flávio e
participaram pelo menos vinte policiais civis.
Na
semana passada, o promotor público Ramon Santos Furtado conduziu busca e
apreensão na Secretaria de Finanças visando recolher documentos acerca de um
contrato milionário envolvendo a empresa MM. Fronczak-ME de fornecimento de
piçarra para a Prefeitura de Marabá.
Por
intermédio deste contrato a Prefeitura se compromete em pagar R$ 20 milhões a
título de pagamento pelo material aplicado nas ruas de Marabá.
Consta no site da
Prefeitura de Marabá que a empresa, pertencente ao empresário Mário
Marcelo Fronczak Rocha recebeu 15
pagamentos entre 20 de janeiro de 2.010 a 21 de dezembro de 2.011 e perfazem R$
7.454.673,02.