quinta-feira, 26 de abril de 2012

MPE deflagra operação "Fio de ouro"

Delegado Álvaro Ikeda conduz documentos apreendidos

Pela segunda vez em uma semana, Polícia vasculha Sefin
Aurenice Botelho: "Ação foi desnecessária"

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O Ministério Público Estadual (MPE) deflagrou na manhã desta terça-feira (26) a operação “Fio de ouro” e que investiga um contrato entre a empresa Dirceu Herênio Pedras (Norte Cosméticos) e a Prefeitura.
A empresa, ano passado, recebeu pelo menos R$ 2 milhões para ministrar cursos nas áreas de manicure, pedicure, cabeleireiro, cosméticos, maquiagem, entre outros.
Este ano, a mesma empresa ganhou duas licitações em cerca de R$ 4,5 milhões para prestar novos cursos.
Os cursos são contratatos por intermédio da Secretaria de Assuntos Comunitários, cuja titular é Lúcia Mendes, que também é responsável em analisar e liberar pagamentos da Prefeitura.
Agentes do Grupo de Pronto Emprego (GPE) e Núcleo de Apoio à Investigação (NAI) cumpriram o mandado de busca e apreensão na Secretaria de Finanças de Marabá. A ordem foi expedida pelo juiz titular da 4ª Vara Penal de Marabá, Emerson Benjamin Pereira Carvalho.
Os documentos devem ser analisados e periciados para comparar os pagamentos com as respectivas datas dos supostos cursos ministrados pela empresa.
Em princípio, segundo fonte segura, pode ter havido pagamentos indevidos por conta dos cursos. Pra se ter uma ideia, na administração passada, tais cursos custavam cerca de R$ 5 mil, e atualmente estão orçados em R$ 19 mil em cada um deles.
A investigação foi aberta por orientação do promotor Ramon Furtado. O caso tramita em segredo de justiça e há indícios de beneficiamento à empresa Norte Cosméticos, bem como superfaturamento na contratação de tais cursos.
A procuradora do município, Aurenice Botelho, na manhã desta quinta-feira (26) informou que a operação é desnecessária, pois caso tivesse sido procurada apresentaria os documentos à Polícia.
Na verdade o uso da força foi desnecessária, pois se tivéssemos sidos procurados, com certeza temos interesse em colaborar com a Justiça”, comenta.
A busca foi coordenada pelos delegados Álvaro Beltrão Ikeda, Lúcio Flávio e participaram pelo menos vinte policiais civis.
Na semana passada, o promotor público Ramon Santos Furtado conduziu busca e apreensão na Secretaria de Finanças visando recolher documentos acerca de um contrato milionário envolvendo a empresa MM. Fronczak-ME de fornecimento de piçarra para a Prefeitura de Marabá.
Por intermédio deste contrato a Prefeitura se compromete em pagar R$ 20 milhões a título de pagamento pelo material aplicado nas ruas de Marabá.
Consta no site da Prefeitura de Marabá que a empresa, pertencente ao empresário Mário Marcelo Fronczak Rocha recebeu 15 pagamentos entre 20 de janeiro de 2.010 a 21 de dezembro de 2.011 e perfazem R$ 7.454.673,02.