Os três acusados de integrarem uma quadrilha especializada em roubos de camionetes, no Pará, Marabá e no Maranhão já estão presos no Centro de Recuperação de Marabá à disposição da Justiça.
Daniel Lima de Castro 34, Cleodson de Assunção Oliveira 36, Reinaldo Gama 21, este foragido do Centro de Recuperação Regional Agrícola Mariano Antunes (Crama) foram presos na manhã da última sexta-feira em Marabá.
Nesta mesma operação, coordenada pelo major Denner Eudes Favacho da Rocha e o capitão Jeanderson da Silva Saraiva foi preso ainda o lavador de carros Wellington da Silva Tavares 26 e duas adolescentes de 16 e 17 anos, respectivamente.
O trabalho policial começou, segundo o major Favacho, na noite de quinta-feira, após ter recebido um comunicado de que uma camionete havia sido roubada em Araguaína-TO.
O veículo em tela é a camionete L-200 Triton preta, placa MWK-1599 Araguaína-TO. Este veículo foi visto pelo militar em Marabá, inclusive Favacho contou que fez algumas buscas, porém perdeu de vista o carro e desistiu da perseguição.
Por volta das 23 horas, ainda de acordo com o militar, cessou as buscas, porém os militares de plantão ficaram no encalço do veículo e pela manhã prenderam o acusado de ser assaltante, Daniel Lima de Castro.
Ele foi preso, por volta das seis horas da manhã quando entrou no veículo, num lava-jato, localizado na rua Afro Sampaio, distante apenas duas quadras da Seccional Urbana da Cidade Nova e que seria dele.
Bando dormia quando foi preso
A partir da prisão do acusado Daniel de Castro, policiais militares do o Grupo Tático Operacional, militares da 26ª Zona de Policiamento Militar e o Serviço Reservado da PM, persuadiram o acusado a entregar os outros dois acusados, Cleodson Assunção e Fernando Gama.
Cleodson e Fernando, que inclusive forneceu nome falso de Samuel Santos Gama. Eles foram presos numa casa na avenidaItacaiúnas, Quadra 145, Lote 2, com a travessa Piauí, bairro Laranjeiras.
Nesta casa os militares localizaram restos de uma moto que pode ter sido roubada. Os acusados dormiam quando foram surpreendidos pelos policiais.
“A nossa melhor arma foi a surpresa, pois seguramente eles nem sonhavam que pudéssemos estar atrás deles”, comentou o capitão Saraiva.
Apenas um dos acusados quis conversar com a imprensa. Fernando Gama, o foragido, comentou que não roubou nenhuma camionete e que estava apenas dormindo na casa.
Ele confirmou ainda que fugiu do Crama para onde deve retornar caso seja condenado pelos crimes que devem ser imputados neste novo inquérito.
Gama ficou preso quase dois anos por roubo qualificado (assalto) e conseguiu fugir desta casa penal no dia 1º de maio do ano passado.
Durante esse ano que ficou fora do cárcere, segundo a Polícia, ficou cometendo assaltos, no
Pará, Maranhão e no Tocantins. O acusado, evidentemente negou tais crimes.
Na casa onde foram presos, segundo um vizinho, prevalecia o silêncio durante o dia, mas à noite aconteciam as festas provavelmente os acusados comemorando os roubos. Geralmente as festas aconteciam regadas a muita cerveja gelada e churrasco.
Nunca é demais lembrar que há um bom tempo o serviço reservado da Polícia Militar monitorava os passos do acusado Daniel de Castro, inclusive ontem à noite dois militares infiltrados monitoraram os passos do acusado até prendê-lo quando saía na camionete roubada no Tocantins.
Assaltantes agiam há um bom tempo, diz capitão
Os militares comentaram que os acusados cometiam vários assaltos e tinham como alvo preferido camionetes, sendo que roubavam no Tocantins e as vendiam em Marabá e no Maranhão.
De acordo com o capitão Jeanderson da Silva Saraiva os acusados roubaram a camionete em Araguaína-To e pretendiam vendê-la em Marabá e cobrariam R$ 10 mil pelo veículo.
O grupo, ainda segundo o militar, atuava junto há um bom tempo. Para tanto os acusados contavam com comparsas do Tocantins, que roubavam as camionetes e os integrantes de Marabá se encarregavam de passar os veículos pelas barreiras policiais até o Pará.
Nunca é demais lembrar que um dos acusados, Daniel Lima de Castro é de uma tradicional família de Marabá e já havia sido investigado por roubos de camionetes no município.
Em abril de 2007, policiais civis de Marabá deram um “bote” numa casa na Vila Poupex, onde ele morava. À época os policiais encontraram uma camionete roubada e diversas peças de outros carros.
Desde essa época, segundo fonte do Núcleo de Inteligência de Polícia (NIP) o acusado vinha sendo investigado, porém até então não havia sido preso. “Ele sempre esteve envolvido em roubos de camionetes”, reforça a fonte.
Ao final do flagrante, conduzidos pelos delegados Rodrigo Paggi e Simone Freitas Felinto, apenas os três acusados, Cleodson, Daniel e Fernando foram autuados por formação de bando, ou quadrilha, roubo qualificado e receptação.
As duas adolescentes, assim como Wellington da Silva Tavares serviram como testemunha no caso, tendo em vista que não ficou provado nenhum deles com a quadrilha.
A Polícia Civil, agora deve prosseguir as investigações a fim de levantar quem são os outros integrantes da quadrilha que age no Tocantins.
Prisões aguçam curiosos
A prisão do sexteto chamou a atenção de diversas pessoas em Marabá. A frente da Seccional Urbana da Cidade ficou apinhada de gente.
Curiosos de toda ordem passavam e indagavam a respeito das prisões. Entre eles, supostos donos das camionetes apreendidas que diziam nada ter a ver com os roubos.
Mas independentemente das alegações deles, os carros ficaram de ser periciados a fim de checar os documentos se conferem com os respectivos números dos chassis.
Outro ponto bastante comentado neste caso foi o fato de antes mesmos dos acusados ser autuados, fervilhava de advogados.
Até mesmo o presidente da Ordem dos Advogados, subseção Marabá, Haroldo Júnior Cunha e Silva transitava nos corredores e auxiliava o colega advogado Éden Rodrigues.
Camionetes apreendidas
L- 200 Triton preta, placa MWK-1599
L-200 Triton, cinca, placa KIT-8286
L-200, prata, placa GYX-9000
S-10 Executive, prata, placa JVR-3581
Diversas peças de caixa de marcha
Peças de uma moto
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