segunda-feira, 23 de maio de 2011

Tráfico pode ter feito mais uma vítima em Marabá


Assassinado na beira do rio Itacaiúnas



Sábado à tarde, policiais militares lotados na 26ª Zona de Policiamento Militar (26ª Zpol) receberam comunicado acerca de um corpo que foi localizado à margem do rio Itacaiúnas, nos fundos do bairro da Paz, conhecido por “Invasão da Lucinha”, núcleo Cidade Nova.

A vítima em questão é o jovem Moisés Gonçalves Cavalcante 20 anos. Ele foi morto a tiros na beira do rio. Um dos projéteis acertou a cabeça dele, à altura do cocoruto e saiu na sobrancelha esquerda, outros dois atingiram o tórax e clavícula esquerda.

Na manhã de sábado, segundo o sargento Arielson de Jesus Ramos, a vítima saiu da casa dela, no final da travessa Planalto e disse que iria pescar. Horas mais tarde parentes foram informados que Moisés Cavalcante fora assassinado.

Peritos do Instituto Médico Legal (IML) fizeram a remoção do corpo localizaram uma “capanga” camuflada e dentro estavam 24 peixes da espécie piranha e do lado do corpo havia um creme dental e uma escova de dentes.

Quanto às hipóteses para este crime, em princípio o delegado Rodrigo Paggi, plantonista deste final de semana na Divisão de Homicídios, acredita que haja duas vertentes, uma seria o acerto de contas e outra execução.

Por enquanto a linha mais forte seria o acerto de contas tendo como pano de fundo o tráfico de drogas. O local onde a vítima morreu é conhecido ponto de usuários e traficantes de drogas.






Distância dificulta trabalho policial



Para se chegar até a beira do rio, peritos, policiais e a imprensa, tiveram de andar pelo menos um quilômetro de estrada lamacenta e muita escorregadia.

Nessa trilha, o delegado Paggi foi informado de um local onde os usuários e traficantes ficavam sentados num banco e consumiam drogas à vontade.

Neste local havia vários vestígios de consumo de drogas, inclusive, policiais militares da 26ª Zpol confirmaram que já deram várias batidas no local, porém os suspeitos fogem assim que percebem a presença dos policiais.

Inclusive, na última sexta-feira, a vítima, Moisés Cavalcante estaria entre os usuários neste banco e correu quando os policiais se aproximaram. “Era ele, estava com um boné preto o mesmo quando foi assassinado”, contou o sargento Arielson Ramos.

Outra constatação no palco do crime foi com relação à livre circulação de drogas. O final da travessa Planalto é conhecido como a mais nova cracolândia do bairro Liberdade.

“Nesse local só vai quem pretende comprar drogas”, afiança Arielson Ramos dizendo que o local é “zona vermelha” e por lá circulam pessoas bastante perigosas. “Todas as vezes que nos aproximamos eles correm para dentro do mato, então é difícil prender algum deles”, conclui. (E.S.)



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